domingo, 29 de julho de 2012

O Grand Canyon

Vídeo com belíssimas imagens do Grand Canyon.
O Grand Canyon encontra-se no território dos Estados Unidos. Seu vale foi moldado pelo rio Colorado durante milhares de anos à medida que suas águas percorriam o leito, aprofundando-o ao longo de 446 km. Chega a medir entre 6 e 29 km de largura e atinge profundidades de 1600 metros. Cerca de 2 bilhões de anos da história geológica da Terra foram expostos pelo rio, à medida que este e os seus afluentes vão expondo camada após camada de sedimentos.
É considerado uma das sete maravilhas naturais do mundo e um ponto turístico visitado por milhares de turistas anualmente, gerando receita para as cidades e populações ribeirinhas ao desfiladeiro.


Uma das mais belas cachoeiras do mundo: Manavgat.

Vista panorâmica da cachoeira de Manavgat, localizada na Província Antalya, Turquia.


O mapa-múndi de Cristóvão Colombo.

Na Bibliothèque Nationale de França (Paris) existe um mapa-múndi com elementos que apontam para um período anterior a 1493 e outros posteriores. O historiador francês Charles de la Roncière (La Carte de Christophe Colomb, 1924), atribuiu a feitura do mapa ao próprio Cristóvão Colombo, que o teria feito em 1490. Este seria o mapa que Colombo refere possuir, no Diário de Bordo, na 1ª viagem.


O corpo envelhece. Os olhos, não.

Já notaram que, por mais que os anos passem e deixem marcas nos nossos rostos, sentimo-nos como se fôssemos os mesmos jovens de antigamente? É um fenômeno estranho. Sinto-me como se fosse a mesma pessoa de quando tinha 15, 20, 30 anos. Não mudei apesar dos anos; somente meu corpo está envelhecendo.
Se não existissem espelhos, jamais envelheceríamos. Se não pudéssemos nos enxergar em fotografias, jamais envelheceríamos. São esses reflexos que nos mostram como o tempo está nos deixando e a maneira como estamos vivendo.
Há pessoas que dizem estar se sentindo mais bonitas à medida que envelhecem e outras, sentem-se deprimidas por verem o quanto mudaram para pior porque não se cuidaram.
Cuidar-se não significa entupir a cara de cremes antirrugas, fazer plásticas, gastar horrores em hidratantes, maquiagens, academias etc. Cuidar-se é manter a mente saudável, lúcida, não sofrer pelo que não pode ter ou por coisas tão banais. Mente sã, corpo são. São as tristezas  que deixam nossos corpos velhos e alquebrados.
Notei que pessoas que vivem dizendo “como estou velha” acabam por se sentirem velhas e deixam de viver momentos prazerosos porque estes não condizem com a idade. Chegam ao cúmulo de se vestirem conforme pensam ser adequado para a idade. Não namoram, não saem para dançar de vez em quando porque isso é coisa de jovens; não se dão mais ao luxo de contar uma boa piada; não beijam mais seus parceiros em público porque não fica bem; deixam de ser vaidosos porque “velho” não pode se “achar”.
Olho para minha imagem no espelho. Não vejo mais a menina de pele lisa e de cabelos negros e brilhantes que costumava colocar minissaias para ir às discotecas do seu tempo. Mas nos meus olhos, vejo os sonhos que ainda não realizei; vejo o que ainda tenho para viver; vejo o que posso ainda ser. Os olhos jamais envelhecem. É a visão que eles têm que mudam o sentido do tempo e das circunstâncias. É a maneira como passamos a enxergar o mundo e a nós mesmos que ditarão o quanto envelhecemos.
Sempre me olharei no espelho sabendo que o tempo vai deixar suas marcas no meu rosto, mas não deixarei que essas marcas mudem a expressão do meu olhar. Não me queixarei por ter adquirido mais rugas e nem tentarei disfarçá-las, pois elas estão ali para mostrar aos outros que já passei por várias etapas e que estou sobrevivendo. Se me tornarem mais bonita, ótimo, sinal que estou sabendo envelhecer com dignidade e sabedoria. Se me tornarem mais feia, sinal que devo fazer uma faxina no meu interior e procurar me valorizar mais. E o que significa me valorizar mais?
Cuidar da mente. Cuidando da mente, tendo apenas bons pensamentos e cultivando sentimentos de autoestima, meu corpo responderá saudavelmente. E isso transparecerá no meu olhar. E não haverá ruga que apague isso.


sexta-feira, 27 de julho de 2012

Cotas Raciais - Uma Ideia Elitista

Por  Percival Puggina

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul avaliou o desempenho acadêmico dos alunos cotistas e não cotistas e concluiu, segundo matéria de Zero Hora em 25 deste mês, que "os cotistas negros apresentam índices consideravelmente piores". Para cada aluno admitido pelo ingresso universal em 2008, com desempenho insuficiente, há 2,4 cotistas negros na mesma situação. Em percentuais, o mau desempenho é de 14,8% no sistema geral e de 34,8% entre os autodeclarados negros.
Tal informação contradiz o que ouvi em sucessivos debates ao longo dos últimos anos, segundo os quais tudo ia muito bem, graças a Deus. Não havia diferença entre cotistas e não cotistas. Sabe-se agora que há, sim, como seria previsível. A universidade não serve - e não deve, mesmo, servir - para suprir deficiências na escolaridade anterior de seus alunos. 
As desigualdades sociais em meio às quais vivemos excedem, em muito, o tolerável, mesmo se considerarmos que há uma efetiva desigualdade natural entre os indivíduos. Nosso índice Gini (que mede a distribuição da renda nos países) é comparável ao das sociedades com desenvolvimento mais retardado. Chega a ser um disparate alguém observar o Brasil nessa perspectiva e deduzir que o mal está no acesso às universidades públicas. Não está! É na base do sistema de ensino, no bê-á-bá da cadeia produtiva da Educação, que ele se aloja e opera. 
Só os gênios que comandam a Educação nacional não sabem que na vida real, na vida do mau emprego, do subemprego e do desemprego, no mundo do trabalho árduo e do salário baixo, para cada graduado de cor negra que recebe seu diploma no último andar do sistema, dezenas de crianças estão entrando pelo térreo para padecer as mesmas deficiências que inspiraram a ideia das cotas. Atrás do conta-gotas racial percebido nos atos de formatura, há uma hidrelétrica de alunos negros e pobres, recebendo o precário tipo de educação que a nação fornece a seus alunos pobres e negros. E ninguém vê isso? De nada nos servem os tantos bons exemplos de outros povos que superaram desigualdades internas maiores do que as nossas e emergiram como potências no cenário industrial e tecnológico, através de um bom sistema de ensino, do trabalho e do mérito?
Ademais, o próprio STF, ao contrário do que vem sendo repetido equivocadamente, deixou implícito que o sistema de cotas raciais é inconstitucional. "O quê?" perguntará espantado o leitor. "Mas não foi exatamente o contrário?". Estive bem atento durante toda a sessão em que o STF admitiu o sistema. Percebi que os ministros falaram muito mais sobre Sociologia, História do Brasil, Antropologia e Política do que sobre a Constituição. Nesse particular, nesse pequeno detalhe, seguiram o voto do relator, ministro Lewandowski. Quanto a este, era inevitável que, em algum momento, abrisse a Carta da República e topasse ali com coisas como a igualdade de todos perante a lei e com o preceito (quase universal no mundo civilizado) de que ninguém será discriminado, entre outras coisas, por motivo de raça. Como saiu o ministro dessa enrascada? Afirmou que um sistema de cotas raciais precisa ser transitório, temporário, devendo viger até que desapareça a situação que lhe deu causa. Não sendo assim, seria inconstitucional. Ora, isso significa que o conta-gotas funcionará até que se esvazie a hidrelétrica. O preceito da não discriminação persiste, mas perde vigência por prazo impreciso, embora não infinito. Ah! Se isso não é um truque na cartola do politicamente correto, então vou ter que pedir para voltar à universidade por um sistema de cotas para deficientes mentais. E mais: doravante, pelas letras da mesma oratória, todo concurso para magistratura, todo certame intelectual ou cultural, toda prova de habilitação, que não previr cotas raciais será provisoriamente inconstitucional. Arre, STF!
O Brasil importa técnicos e trabalhadores qualificados de nível médio porque não oferece esse tipo de formação aos seus jovens! Enquanto isso, as políticas de desenvolvimento social via universidade fazem o quê? Reproduzem a estúpida estrutura, tão do agrado da elite brasileira: um bacharelado, um canudo, um título de doutor, uma festa de formatura. E está resolvido o problema dos pobres. Até parece ideia de rico de novela.


Não tente tirar água de poço seco

Tentar tirar água de poço seco é uma perda tempo inútil, dizia meu falecido pai. É verdade. Sempre digo isso a mim mesma cada vez que me deparo com alguma dessas impossibilidades da vida. Nem sempre a persistência é o melhor caminho e nem sempre a água bate tanto até que fura.
Não se trata de desistir, mas de procurar por alguma outra vertente.
Aliás, desistir somente quando nenhum outro método der resultado.
Para se obter água, usa-se as próprias mãos, cavoucando sem parar durante anos, sangrando, criando feridas;   equipamentos especiais, mas caríssimos, ou métodos rudimentares, como uma forquilha.
Não importa o método, pois cada um usa os meios que possui.
O importante é que seja encontrada água que mate a sede de verdade e não apenas uma miragem.
São metáforas de uma noite de quinta-feira.
Que cada um dos que estão me lendo neste momento encontre sua vertente, e que a fonte nunca seque.

terça-feira, 24 de julho de 2012

Porque não assisto a novelas

Não costumo assistir a novelas, somente a minisséries que relatam uma boa história; por exemplo, "A Casa das Sete Mulheres".
Tentei assistir a alguns capítulos da novela das 21h, mas achei tudo um horror: crianças abandonadas em lixões, triângulos amorosos, periguete se dando bem, homem idoso com garotinha com idade pra ser sua filha, sede de vingança, assassinato, maldades sem fim, choradeira (Cauã Reymond vai ficar cheio de rugas), gritos etc.
A explicação para a escolha do tema, segundo os autores, foi porque as pessoas querem estar por dentro do que ocorre no submundo, vivenciar o lado pobre e podre da vida, sentir como é a vida de alguém que foi abandonado num lixão.
As pessoas, uma vírgula!..., pois eu não me enquadro nesse grupo que quer estar por dentro de acontecimentos infelizes. Eu já tenho conhecimento das mazelas sociais e conheço a que ponto de maldade pode chegar a natureza humana. Quero apenas entretenimento e lazer nas horas livres e não ficar assistindo a espetáculos deprimentes pela televisão.
Não sou contra novelas, mas eu gostaria de assistir uma bela história de amor, com os vilões se dando mal no final e os mocinhos vivendo felizes para sempre. Talvez com a ajuda de fadas, gnomos e sapos da sorte. Sim, tem que ter alguma magia.
Vejo todos os dias gente sofrendo, mas raramente vejo alguém completamente feliz. É isso que as novelas deveriam mostrar: mais felicidade e menos realidade. Deveriam, mas não o farão, pois tragédias, sofrimentos e catástrofes sempre dão mais IBOPE e rendem mais dinheiro.

domingo, 22 de julho de 2012

A desculpa que um homem dá quando não está a fim.

Desconfio de homens que sempre iniciam uma frase com: “não fica braba comigo, mas não vou poder...” etc.
Uma amiga disse uma grande verdade há poucos dias: não somos nós que temos de os levar a algum lugar, são eles que têm de desejar nossa companhia.
Quando acontece de uma mulher conhecer um homem interessante, logo fica imaginando lugares e divertimentos para compartilhar com ele. O que mais deseja é chegar acompanhada com criatura tão especial, apresentá-lo aos amigos, torná-lo seu parceiro inseparável.
Quanto engano...
A maioria dos homens deseja apenas prazer sensual quando inicia um romance, ao contrário das mulheres, que sempre desejam alguma forma de compromisso.
Hoje em dia, infelizmente, a agenda de celulares masculinos transformou-se numa espécie de cardápio. São muitas as opções de menu ao longo do dia. Diante dessa variedade, são raros os homens que realmente desejam se comprometer. Não querem ser apresentados a família nenhuma, não querem amizades em comum, não querem nenhuma forma de comprometimento, pois podem ser desmascarados a qualquer instante através das redes sociais. Então, por que tornar mais difícil a hora da separação?
Sou contra aquela ideia errônea da mulher aparentar ser difícil, indiferente, deixar que eles corram atrás. Acho que uma mulher tem de mostrar suas intenções, seus sentimentos, fazer valerem seus desejos, deixar claro o que realmente quer e deseja de um parceiro. Mas, caso não tenha retorno, deve se afastar e não tentar tirar água de poço seco. Pelo menos tentou, fez o que podia e pode seguir em frente sem sentimento de culpa.
Uma verdade incontestável é aquela que nos diz que, se um homem deseja realmente uma mulher, se quer seguir adiante com ela e com mais  ninguém, ele se esforçará ao máximo para tê-la ao seu lado e não haverá desculpa alguma para que fique longe. Delirará e sentir-se-á seguro e confortável ao notar que ela deseja sua companhia mais que tudo e retribuirá na mesma medida. Mas, caso ele tenha algum escrúpulo e não deseja magoar ou enganar uma mulher bacana e legal, arranjará uma desculpa para manter-se longe de qualquer acontecimento que o vá prender a uma rede que depois tornará difícil uma fuga. Saída pela tangente é o que diferencia um cafajeste bem-intencionado de um malandro.
Ao convidar aquele ser especial para algum evento que envolva amigos ou família, tenha em mente o seguinte:
Se ele concordar imediatamente e demonstrar ficar feliz com o convite, tenha esperança. Caso contrário, se ele começar a balbuciar coisas tipo “não vá ficar braba, mas tenho isso ou aquilo”, caia fora e seja feliz de outra maneira.

sábado, 21 de julho de 2012

Três Desejos

Ao visitar uma livraria, deparei-me com um título: "Mil Coisas Para Fazer Antes de Morrer".
Ora, eu não preciso de mil coisas para fazer antes do inverno da minha vida chegar. Já fiz tudo o que podia; nem sempre me dei bem, claro, mas tudo o que fiz foi com as melhores das intenções, sem prejudicar ninguém.
Mas ficaram faltando três coisas apenas, e delas não abro mão:
1º - Dançar um tango bem floreado, com direito a um belo vestido cheio de aberturas e toda aquela sensualidade que caracteriza o tango;
 2º - Cantar a música Fly me to the moon, emendando com The shadow of your smile e Blue Velvet, acompanhada por um pianista, e,
 3º - Carnaval em Veneza. Adoraria usar uma daquelas belas máscaras e flutuar por Veneza enigmaticamente.
São esses meus três desejos. É a lembrança deles que eu levaria.
Como disse a escritora Rosamunde Pilcher, só devemos guardar nossas lembranças. O resto é para ser usufruído.

A Mulher do Lado (1981)

Conheço alguns casais que brigam pra valer, não se entendem, falam línguas diferentes, parecem dois inimigos espreitando um ao outro e não perdem oportunidade de se ferir mutuamente. Mas, depois de passada a tempestade, vivem cenas tórridas de amor. Não podem viver juntos, mas também não conseguem viver um sem o outro.
Pois este é o tema do excelente filme A Mulher do Lado (1981), do cineasta François Truffaut, já transformado num clássico do cinema francês e considerado um dos melhores trabalhos deste cineasta.
Uma obra intensa, recheada com toques sutis, bela e arrebatadora, mas trágica, que a narra a história de um homem e de uma mulher que não conseguem sustentar o relacionamento, mas também são incapazes de ficar distantes um do outro.
Conforme a crítica: "A Mulher do Lado é mais uma demonstração da singular franqueza com a qual Truffaut enxergava os tórridos relacionamentos cujas consequências, invariavelmente danosas, aproximam-se da brutal ebulição provocada pelas paixões proibidas e a inconstância do amor de um casal que 'não pode viver sem o outro, nem com o outro'. É um ótimo estudo psicológico de como nem sempre a felicidade é o bem máximo almejado no seio de um relacionamento".
Fica a dica para quem pretende assistir a um ótimo filme.


terça-feira, 17 de julho de 2012

Prevenção é o melhor remédio contra a corrupção

Segundo o secretário estadual da Saúde, Ciro Simoni, no Brasil, a aquisição de vacinas é centralizada pelo Ministério da Saúde, que alega que não há produção suficiente de doses para vacinar todas as pessoas. Nesse contexto, somente são imunizadas as pessoas com mais chances de evoluir para casos graves e o resto que se previna através daqueles hábitos simples que todos já conhecemos: lavar as mãos, usar lenços descartáveis ao espirrar etc.
Se a produção de medicamentos não está atendendo toda a população brasileira, alguma coisa está errada. Ou há muito desvio de dinheiro público que iria para a Saúde, ou a população cresceu de forma inversamente proporcional à produção e distribuição de medicamentos, a exemplo do que vem ocorrendo há décadas em relação à produção de alimentos.
Não há saúde para todos; não há segurança para todos; não há cultura para todos; não há produção tecnológica para todos e nem trabalho. É um "salve-se quem puder" fenomenal.
A solução para isso?
Já que a ordem é prevenção, vamos nos prevenir contra políticos corruptos que desviam dinheiro, já que não podemos diminuir a população.

domingo, 15 de julho de 2012

Dia Internacional do Homem

Foi em 1999 que se estabeleceu a data de 15 de julho como o Dia Internacional do Homem. A criação da data teve como objetivo reforçar a promoção da saúde dos homens. Aos poucos, porém, mais homens assumem cuidados com a estética e o bem estar.
É cada vez maior a presença de homens em consultórios de dermatologia para tratar de quedas de cabelo, manchas de pele e até mesmo para fazer depilação a laser. Em salões de beleza não raro vejo homens manicurando unhas das mãos e dos pés, pouco ligando para o que outros homens ou mulheres possam pensar.
Nos meus amigos tenho notado também uma certa preocupação com os dentes, pois sabem que, numa época em que fumantes já não são bem vistos, é preciso mantê-los alvos e bem alinhados. Afinal, um sorriso bonito tem a força de mil palavras.
 Porém, de nada adianta uma boa aparência se não há nada que pense no cérebro e nem o que brilhe por trás de uma pálpebra. Para a maioria das mulheres - e eu me incluo nessa categoria- o valor de um homem não está na sua aparência ou no que possui, mas no seu caráter, nas suas ideias e na nobreza dos seus ideais.
Aos homens bonitos por dentro, eu desejo um feliz Dia do Homem. E que continuem sempre assim, fazendo a diferença num mundo de homens tão iguais.