quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Roberto Carlos e suas “Emoções” repetitivas

Não consegui assistir a todo show do Roberto Carlos ontem. Já comecei achando um saco no ínicio, quando ele cantou - pra variar - a música "Emoções". Há séculos que ele abre seus shows com essa música e não se deu conta que já está enjoativo. Depois, um mix de músicas do passado. Tive de colocar o volume ao máximo, pois ele cantava como se estivesse morrendo, sem forças, e mal abria a boca. Parecia que estava com medo de perder a dentadura. A cada intervalo entre as músicas, ele pronunciava frases românticas, lidas de um teleprompter (ou teleponto) instalado à sua frente no palco. Depois veio Michel Teló e seu "delícia, delícia, assim você me mata", acompanhado pelo Roberto Carlos. Tentei assistir mais um pouco, por coragem, mas quando entrou as "empreguetes", todas se refestelando para o Roberto Carlos como se ele fosse um homão que pudesse dar conta de todas, desisti e desliguei a televisão.
Já fui fã do Roberto Carlos no passado e de todos os seus filmes, mas agora não tenho mais paciência para assistir a tudo novamente, ano após ano, e sinto vontade de sair me rasgando pela rua cada vez que escuto a música "Emoções".
Mas uma coisa valeu a pena, uma só: assistir às lágrimas rolando pelas faces do belíssimo Rodrigo Lombardi enquanto o "Rei" cantava "O Cara", não teve preço. O Rei já era, mas o Rodrigo Lombardi....esse é o verdadeiro CARA!
 
 
 
 
 
 
 

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Dilma Rousseff e a exploração dos Estados.

O Paraná quer cobrar R$ 400 milhões do governo federal como forma de ressarcimento por causa da queda nas transferências federais relativas ao que foi estabelecido na Lei Orçamentária da União para 2012. No total, o governo federal deixou de repassar R$ 10,7 bilhões a outros Estados somente neste ano. Para isso, o governador Beto Richa (PSDB-PR) assinou nesta terça-feira uma carta dirigida para a presidente Dilma Rousseff (PT) na qual reivindica os recursos por causa da "queda vertiginosa das transferências da União" para os Estados. O documento, também assinado por outros governadores, será entregue na quarta-feira.
Por que Dilma Rousseff não está repassando o que deve aos Estados, hein? Depois de tantas doações a outros países, faltou dinheiro?
E por que o Sul do país (Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul) se submete a tanta exploração?
 

sábado, 8 de dezembro de 2012

Carta ao Bandido

Em 30 de abril de 2009, o delegado de Polícia Civil Wilson Ronaldo Monteiro, do Pará, escreveu uma carta em que demonstra a sua vontade de dizer à população que policiais também têm direito às políticas adotadas pelos defensores dos “direitos humanos”. Carta do delegado paraense é oportuna para o atual momento.

Senhor Bandido,
Esse termo de senhor que estou usando é para evitar que macule sua imagem ao lhe chamar de bandido, marginal, delinquente ou outro atributo que possa ferir sua dignidade, conforme orientações de entidades de defesa dos Direitos Humanos.
Durante vinte e quatro anos de atividade policial, tenho acompanhado suas “conquistas” quanto a preservação de seus direitos, pois os cidadãos e especialmente nós policiais estamos atrelados às suas vitórias, ou seja, quanto mais direito você adquire, maior é nossa obrigação de lhe dar segurança e de lhe encaminhar para um julgamento justo, apesar de muitas vezes você não dar esse direito às suas vítimas. Todavia, não cabe a mim contrariar a lei, pois ensinaram-me que o Direito Penal é a ciência que protege o criminoso, assim como o Direito do Trabalho protege o trabalhador, e assim por diante.
Questiono que hoje em dia você tem mais atenção do que muitos cidadãos e policiais. Antigamente você se escondia quando avistava um carro da polícia; hoje, você atira, porque sabe que numa troca de tiros o policial sempre será irresponsável em revidar. Não existe bala perdida, pois a mesma sempre é encontrada na arma de um policial ou pelo menos sua arma é a primeira a ser suspeita.
Sei que você é um pobre coitado. Quando encarcerado, reclama que não possuímos dependência digna para você se ressocializar. Porém, quero que saiba que construímos mais penitenciárias do que escolas ou espaço social, ou seja, gastamos mais dinheiro para você voltar ao seio da sociedade de forma digna do que com a segurança pública para que a sociedade possa viver com dignidade.
Quando você mantém um refém, são tantas suas exigências que deixam qualquer grevista envergonhado. Presença de advogados, imprensa, colete à prova de balas, parentes, até juízes e promotores você consegue que saiam de seus gabinetes para protegê-los. Mas se isso é seu direito, vamos respeitá-lo.
Enfim, espero que seus direitos de marginal não se ampliem, pois nossa obrigação também aumentará. Precisamos nos proteger. Ter nossos direitos, não de lhe matar, mas sim de viver sem medo de ser um policial.
Dois colegas de vocês morreram, assim como dois de nossos policiais sucumbiram devido ao excesso de proteção aos seus direitos. Rogo para que o inquérito policial instaurado, o qual certamente será acompanhado por um membro do Ministério Público e outro da Ordem dos Advogados do Brasil, não seja encerrado com a conclusão de que houve execução, ou melhor, violação aos Direitos Humanos, afinal, vocês morreram em pleno exercício de seus direitos.
Autor: Wilson Ronaldo Monteiro - Delegado da Polícia Civil do Pará.