domingo, 23 de março de 2014

Desculpe, Neymar, mas nesta Copa eu não torço por vocês.

Compositor: Edu Krieger 

Desculpe, Neymar,
Mas nesta Copa eu não torço por vocês
Estou cansado de assistir ao nosso povo
Definhando pouco a pouco
Nos programas das TVs
Enquanto a FIFA se preocupa com padrões
Somos guiados por ladrões
Que jogam sujo pra ganhar
Desculpe, Neymar,
Eu não torço desta vez. 

Parreira, eu vi
Aquele tetra fez o povo tão feliz
Mas não seremos verdadeiros campeões
Gastando mais de 10 bilhões
Pra fazer Copa no país
Temos estádios lindos e monumentais
Enquanto escolas e hospitais
Estão à beira de ruir
Parreira, eu vi
Um abismo entre Brasis.

Foi mal, Felipão,
Quando Cafu ergueu a taça e exibiu
Suas raízes num momento tão solene
Revelou Jardim Irene
Um retrato do Brasil
A primavera prometida não chegou
A vida vale mais que um gol
E as melhorias onde estão
Foi mal, Felipão,
Nossa pátria não floriu. 

Eu sei, torcedor,
Que a minha simples e sincera opinião
Não vai fazer você, que ganha e vive mal,
Deixar de ir até o final
Junto com nossa seleção
Mesmo sem grana pra pagar o ingresso caro
Nunca vai deixar de amar o
Nosso escrete aonde for
Eu sei, torcedor,
É você quem tem razão.



 

domingo, 16 de março de 2014

Maria Corina Machado – Uma Mulher Valente

Diante de tantas parlamentares brasileiras que não fazem nada para melhorar a situação do Brasil, pelo contrário, só têm feito uma burrada atrás da outra, o que tem me decepcionado muito, pois não foi para isso que as mulheres lutaram tanto para conquistar espaço no meio político, esta venezuelana tem a minha admiração: Maria Corina Machado.
 Deputada e oposicionista ao governo de Nicolas Maduro, ela liderou um protesto de mulheres do lado de fora da sede da Guarda Nacional Bolivariana, em Caracas, Venezuela, na última quarta-feira.
Una mujer valiente vale más que diez mil hombres cobardes.
 
 

Sobre Voos e Relacionamentos

Alguns relacionamentos são iguais a uma viagem de avião. No início, todos embarcam felizes e com certas expectativas. Mas quando o avião começa a subir, alguns ficam com medo e não relaxam em nenhum momento, sempre esperando pelo pior; outros se divertem o tempo inteiro e não estão nem aí se o avião vai cair ou não, o que importa é a jornada e não o destino. Há também os que ficam sob o encantamento da novidade e ficam fascinados por tudo, até mesmo pelo pouco alimento que é dado a bordo. O que é uma barrinha de cereal perto do que a viagem provoca aos demais sentidos?
 
Há os que ficam enjoados e reclamam por tudo; há os que entram em pânico e querem sair do avião a todo custo, mas são contidos por palavras de conforto ou pelo uso da força; há os que fingem estar tudo bem, mas ficam rezando fervorosamente para chegarem ilesos ao final.
 
Relacionamento bom é como um voo que, apesar das turbulências e do medo do desconhecido, transcorre tranquilo até a aterrisagem, com direito ao piloto  ser aclamado pela competência. As pessoas desembarcam ilesas para novas viagens; sejam juntas ou separadas, elas sobrevivem.
 
Relacionamentos infrutíferos são como um avião sequestrado por terroristas. Em mãos inexperientes e erradas, depois de um certo tempo perde o rumo, não dá mais sinal de vida, dá voltas e mais voltas sem direção e nem controle, perde a altitude até cair no mar. Não há sobreviventes, só o silêncio e o vazio do nada.
 
Sobre esta sensação de vazio, Martha Medeiros escreveu em um de seus livros sobre o fim de relacionamentos:
"Nunca sofri um acidente de avião, mas já ouvi relatos de sobreviventes. Eles percebem a perda de altitude, a potência enfraquecida das turbinas, o desastre iminente, até que acontece a parada definitiva da aeronave e ouve-se um barulho fora do normal, algo verdadeiramente assustador. Então, após o estrondo, sobe do chão um silêncio absoluto. Por alguns segundos, ninguém fala, ninguém se move. Todos em choque. Não se sabe o que aconteceu, mas sabe-se que é grave. Alguma coisa que existia não existe mais.
É a quietude amortizante de quem não respira, não pensa, não sente nada ainda.
Só então, depois desse vácuo de existência, desse breve período em que ninguém tem certeza se está vivo ou morto, começam a surgir os primeiros movimentos, os primeiros gemidos, uma sinfonia de lamentos que dará início ao que está por vir: o depois."
 

Samba, Cachaça, Futebol e Crime

Não é somente à noite que temos de nos precaver contra a criminalidade. Bandidos estão assaltando e matando à luz do dia, a qualquer hora e nem se importam mais com possíveis testemunhas. Roubar virou atividade diária, um negócio.
A impossibilidade de conter o crime chegou a tal ponto, que há regras para ser uma "boa vítima", um kit de sobrevivência tipo: não reagir, não contrariar o bandido, entregar todos os pertences sem resmungar, tirar a roupa e entregar-se ao estuprador calmamente, andar sempre com dinheiro no bolso para dar ao ladrão, não se defender com armas que possam machucar a "vítima da sociedade opressora" etc. 
Este manual de sobrevivência já se internacionalizou. Países que participarão da Copa do Mundo, como a Alemanha e a França, já estão passando estas instruções para sua população, o que representa uma vergonha para os brasileiros. Pois não bastava o nosso país ser famoso pelo samba, cachaça e futebol, agora também é famoso pela corrupção e pelo crime.
Medidas protetivas e preventivas são inexistentes ou ineficazes, uma vez que nenhum investimento é feito na área da segurança pública. Pelo contrário, só temos leis que protegem os bandidos e lhes dão certas regalias, como os benefícios dos embargos infringentes e do semiaberto.
Sendo assim, uma vez que é impossível conter a criminalidade com o aumento da pena e com o cumprimento total da condenação - nenhum bandido cumpre todos os anos de prisão - seria interessante que os políticos criassem algum tipo de lei reguladora para a atividade de ladrão, um manual do "bom ladrão". Chega de apenas nós termos de seguir regras e leis para sobreviver! Os bandidos também devem ser ensinados a não matar suas vítimas, não lhes infligir dor, a despojar-lhes dos bens, mas não do direito de viver.
E como ensinar um bandido a não roubar, matar ou estuprar?
A resposta seria: punindo-o tantas quantas forem as vezes que ele tiver incorrido no mesmo crime até que ele não deseje mais ser um criminoso, nem que ele tenha de ficar o resto da vida numa prisão.
Antes a sociedade brasileira ser conhecida no mundo inteiro como a mais opressora de bandidos a ser conhecida como a mais oprimida por eles.
Mas para chegar a este ponto, primeiro é preciso oprimir deputados e governantes que afagam a cabeça de bandidos.
Se é para a sociedade ser opressora, que seja total e comece pelos seus governantes.
 

sexta-feira, 7 de março de 2014

31 DE MARÇO DE 1964 – UMA DATA A SER LEMBRADA


Autor: General de Exército Pedro Luis de Araújo Braga, presidente do Conselho Deliberativo do Clube Militar.
 
Completa no próximo mês o seu Jubileu de Ouro o Monumento Cívico-Militar ou a Revolução Democrática Brasileira, na realidade uma contra-revolução que salvou o País do caos para o qual estava sendo conduzido e que postergou, por vários anos, o êxito de nova tentativa de tomada do poder por uma minoria comunista, então encastelada nos sindicatos e outras instituições, bem como em diversas esferas do Governo.
Nossos detratores, os vencidos de então, que anistiamos na esperança de paz e de concórdia nacionais, incansáveis, obliterados e empedernidos que são, e outros que não viveram aqueles tempos sombrios mas que procedem como “o papagaio de casa de tolerância do interior”, rotulam-no de “Golpe Militar” que implantou a “ditadura” no Brasil. Este meio século, para eles, significa “anos de chumbo”, ou “anos de escuridão”.
A técnica da propaganda aconselha que os slogans, os chavões, as idéias-força, as palavras-chave, devem ser repetidas à larga, até tomarem foros de realidade. E não faltam “marqueteiros” milionários, vendedores de ilusão, para ajudar nesse mister, que conta com a ampla difusão de certa mídia, comprada ou comprometida ideologicamente, e que não respeita ética e nem tem compromisso com a verdade.
Se perguntarmos a um desses que engrossam tal corrente, até bacharéis, se sabem o que caracteriza uma ditadura e quais são os parâmetros de uma democracia, terão dificuldade em responder. Ignoram que todos os Presidentes Militares foram eleitos pelo Congresso e que a maioria dos países democráticos utiliza uma forma indireta de escolha de seus mandatários. Nunca se deram conta – ou esqueceram-se, ou jamais lhes disseram – por exemplo, que José Maria Alkmin, ex- Ministro da Fazenda de JK, foi o Vice-Presidente de Castelo Branco, e que Aureliano Chaves, ex-governador de Minas Gerais, o foi de João Figueiredo. Não lhes interessa lembrar que o MDB era o partido de oposição e que, por duas vezes, chegou a lançar candidato à Presidência da República, derrotado no voto. E que havia, circulando, jornais contra o governo, como, no Rio de Janeiro, o Correio da Manhã….Ditadura?
Mas, por que ocorreu, há meio século, o movimento de que estamos falando? A situação nacional deteriora-se a tal ponto que se temia um iminente golpe comunista, tal como o tentado em Novembro de 1935, para a tomada do Poder. Eram greves em atividades essenciais, desabastecimento, inflação galopante, comícios ameaçadores, serviços públicos em crise, as intimidações da CGT. E a Nação, cuja voz era a voz de Deus, aflita, temerosa, apelou para suas Forças Armadas – povo fardado que sempre, ao longo dos tempos, estiveram ao seu lado, pois nunca foram intrusas na História Pátria.
Como bem escreveu o lendário Osório, “a farda não abafa o cidadão no peito do soldado”. Sempre é bom lembrar a extraordinária “Marcha com Deus e a Família pela Liberdade”, que congregou, em passeata cívica e ordeira, um número incontável e inimaginável de bons brasileiros, de iniciativa e coordenação de Senhoras da sociedade.
No âmago das Forças Armadas, a disciplina e a hierarquia, suas bases constitucionais e verdadeiras cláusulas pétreas, eram violentadas às escâncaras. Inspirados na velha tática napoleônica, tentaram dividir-nos, para nos bater por partes. Falava-se, abertamente, em “classe dos sargentos” e “classe dos oficiais”, como se não houvesse uma classe militar única e indivisível, organizada em círculos hierárquicos, sob uma disciplina comum. Teciam-se frequentes loas aos chamados “Generais e Almirantes do povo” – os “legalistas”, afinados com o Governo e que colocavam a lealdade à figura do Presidente acima de seu compromisso para com a Nação, pois só esta é eterna – e os “Gorilas”, os que manifestavam preocupação com o estado das coisas e, por várias vezes, haviam alertado o Governo para a situação preocupante, na esperança de uma mudança sensata de postura. Mas o Comandante Supremo só ouvia os “pelegos” que tinham livre acesso a ele.
Muitos não querem lembrar da revolta dos sargentos em Brasília; da “Associação de Marinheiros e Fuzileiros”, que pregava abertamente a insubordinação e cujos dirigentes, seguidos por outros, acabaram refugiando-se no Sindicado dos Metalúrgicos, que lhes deu apoio e de onde foram retirados, presos; da reunião no Automóvel Clube do Brasil, no Passeio Público do RJ, com o incentivo e a presença de João Goulart, e do espetáculo deprimente de praças carregando nos ombros um Almirante, seu adepto – todos fardados -, demonstração inequívoca de quebra de disciplina e de hierarquia. Não interessa mencionar os comícios comunistas, a ação das Ligas Camponesas, dos “Grupos dos 11”… Era a própria revolução marxista em marcha!
Vitorioso o movimento democrático, tão solicitado e aplaudido pela maioria esmagadora da Nação e sem derramamento de sangue – diferente, pois, do que ocorreu em outros países onde foi implantado, pela força, o regime comunista – o Brasil ainda viveu anos difíceis, com o surgimento da luta armada, nas cidades e no campo: assaltos, seqüestros, roubos, atentados, guerrilhas. Foram os comunistas novamente derrotados e, outra vez, não contaram com o apoio da população.
Mas, como resultado ou vingança, nossos detratores rotularam todos os que, cumprindo ordens superiores, empenharam-se na defesa da democracia, como “torturadores”, tal como dão, genericamente, a todo profissional da área de Inteligência – essencial a qualquer Estado democrático – o epíteto de “Araponga”.
Derrotados naquela luta, apresentam-se hoje como “heróis da democracia”, cada qual fingindo ser um idealista que só queria o bem do Brasil… No fundo, há um interesse por indenizações, bolsas e cargos. E um exemplo dessa desigualdade e injustiça é patente: Mario Kozel Filho, um jovem soldado que durante a prestação do Serviço Militar inicial, estava de serviço de sentinela no Quartel-General do então II Exército, em S. Paulo, foi vítima de um atentado terrorista e morreu; sua beneficiária recebe pensão normal de 3º Sargento, graduação à qual foi promovido post mortem, enquanto que o assassino que o matou, anistiado, recebeu polpuda indenização e tem um salário mensal vitalício, isento de Imposto de Renda…
Guerrilheiros de ontem, condenados hoje por outros crimes recentes de corrupção e afins, têm a desfaçatez de se declararem “presos políticos”. De seus companheiros de aventura, hoje no Poder?
As obras destes cinquentas anos aí estão, Brasil afora. É impossível alinhá-las todas nestas poucas linhas. Bem feitas, porque construídas com competência, honestidade e fiscalização. Ninguém foi acusado de corrupção. Não houve majoração indecorosa de preços, nem “mensaleiros”, tampouco dinheiro na meia ou na cueca, nem lavagem e depósitos em contas em paraísos fiscais. Aqueles que as edificaram morreram pobres. Mas, para os detratores sempre ativos, é imperioso desvinculá-las daqueles que as idealizaram e tornaram-nas realidade. Daí até o nome de algumas tentam agora mudar.  Na modesta placa de bronze colocada na Ponte Costa e Silva, lê-se: “…É um exemplo da determinação do Povo Brasileiro em caminhar firmemente para o futuro.” Este era o espírito nacional àquela época! Os jovens cantavam: “Pra frente, Brasil!” Hoje, uma entidade que parece não ter nada mais para fazer, quer mudar-lhe o nome. Está olhando pelo retrovisor da História! Será que pretende retirar o nome de Getúlio Vargas, ou Presidente Vargas, que exerceu, verdadeiramente, o governo ditatorial, do Estado Novo, dado a inúmeras cidades, usinas, escolas, hospitais e tantos outros logradouros públicos, no País, de Norte a Sul? E a propósito, não reconhecem que tal ditadura de quinze anos só teve fim, na realidade, quando do regresso vitorioso dos nossos pracinhas que lutaram contra o nazi-fascismo no Teatro de Operações da Itália.
Agora, usando a mesma tática do grande general francês antes mencionado, procuram separar o “Exército de hoje” do “Exército de ontem”, fosso este que tentam cavar também nas outras Forças Singulares. Como se iludem! As infiltrações sensíveis de antes de 1964 nelas não se repetiram. Somos todos, da Ativa, da Reserva e Reformados, uma classe que pensa igual, que está alerta e vigilante, que troca ideias e que quer o progresso do País e o bem-estar do povo.
O Brasil, que nasceu sob a sombra da cruz e que, como diz o cancioneiro popular, “é bonito por natureza e abençoado por Deus”, será sempre uma nação cristã, fraterna e acolhedora, amante da paz, livre e democrata. Jamais será dominada pelos comunistas, mesmo que isto custe a vida de muitos. É o nosso compromisso.
Fonte: Sociedade Militar