No primeiro dia do
desfile das escolas de samba, um carro alegórico repleto de foliões quase
prendeu fogo, tendo que sofrer intervenção dos bombeiros. Depois, os bombeiros
tiveram de fazer outra intervenção, mas para retirar uma foliã que havia
desmaiado pelo excesso de calor. Em outra escola, uma das foliãs caiu de uma
altura de quase 6 metros, porque o pedestal onde ela se encontrava havia batido
numa árvore. Em Santos, um carro alegórico prendeu fogo matando 4 pessoas. Na
apoteose, houve 600 atendimentos médicos de pessoas que passavam mal por causa
do calor.
Só imagino o que é
desfilar com uma fantasia pesada, algumas chegando a quase 20 kg, por amor a
uma escola de samba. E em relação à segurança das pessoas que desfilam em
carros alegóricos, será que há alguma fiscalização? Vi pessoas penduradas em
alegorias com 9 metros de altura. Alguns carros tinham tantos efeitos especiais
acionados por dispositivos elétricos, que se ocorresse um curto na fiação
causaria um estrago enorme nos foliões - havia mais de 180 pessoas somente em
um deles.
Mas o que mais me chamou a atenção foi ver um
carnavalesco se gabando de um carro alegórico que havia custado R$ 1 milhão. Se
não fosse carnaval, esse dinheiro daria para melhorar a vida das pessoas e a
infraestrutura da comunidade a que pertence sua escola.
Fantasias luxuosas,
carros alegóricos milionários e pessoas morando em favelas...Mas o que vale é
sentir a emoção de 1h de fama. No país do carnaval é assim.
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