O casamento entre o
Poder e a Política jamais deu certo neste país. Poder e Política sempre foi um
casal desajustado, brigando entre si, competindo, um querendo destruir o outro
a fim de assumir o domínio, ser superior. Teriam dado certo, caso tivesse havido
respeito mútuo, ótima comunicação e compartilhamento de ideias, valores e
objetivos, mas não: virou uma guerra de insultos, baixarias e vilanias.
Sem união, sem
respeito, sem admiração, cada um seguindo para o lado oposto, só podia resultar
em divórcio, numa separação que somente prejudica os que dependem deles para
terem o básico para sobreviver: educação, saúde e segurança.
Órfão do Poder e da Política,
o povo sofre as consequências: morre em filas de hospitais, fica na ignorância
e vive com medo, sem proteção alguma, como qualquer fruto da paternidade
irresponsável.
Com o divórcio do
Poder e da Política, temos cada vez mais políticos sem poder e poderes sem
nenhum controle político, como disse o pensador Zygmunt Bauman.
E assim estamos cada
vez mais longe de podermos viver num país mais justo, mais livre, mais
desenvolvido.
A não ser que Poder e
Política resolvam se reconciliar, aprender com os próprios erros, deixar o
egoísmo de lado e pensar mais nos que dependem deles. Como em qualquer
casamento, nunca dá certo quando um lado é generoso e o outro é egoísta.
É tudo uma questão de
Justiça, mas que esta seja equilibrada.
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