Não assisti à novela
"Salve Jorge", exceto quando a gritaria era tanta no Facebook, que eu
me obrigava a ligar a televisão por pura curiosidade feminina.
Ontem não foi
diferente. Era tanta surra no Fulano, no Beltrano e no Ciclano, que acabei por
assistir aos momentos finais da novela.
Pelos comentários dos
amigos, sei que houve muitos erros, principalmente em relação ao excelente
sinal de operadoras em cavernas da Turquia. Mas, no final da novela, a autora
deixou o seu recado nas cenas finais das vilãs.
O primeiro, quando a
Lívia pergunta para a Wanda por que ela quer livros, se é para "diminuir
sua pena a cada livro lido". É uma crítica aos tantos benefícios dados a
criminosos a fim de que eles estejam logo fora da prisão, no semiaberto.
O segundo, quando a
Wanda diz que agora ela "recebeu Jesus", ou seja, havia se convertido
à religião evangélica. Esta crítica é para as tantas "Suzanes
Richthofens" e tantos outros criminosos que se convertem em pastores para
poderem "passar" por bonzinhos e assim receber como prêmio por seu
comportamento no presídio o benefício da progressão de pena.
Para quem não sabe, a
autora Glória Perez teve a filha assassinada em 1992, sendo que o assassino da
Daniella Perez recebeu todos os benefícios permitidos pelas leis penais, além
de voltar a ter "ficha limpa", não constando mais como criminoso. Ah,
ele também virou pastor enquanto esteve preso.
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