Não haveria necessidade de trazer
médicos cubanos para o Brasil. Bastaria oferecer aos médicos brasileiros que
quisessem trabalhar em áreas remotas todos os privilégios e benefícios dados a
parlamentares, tais como:
- salário compatível com a função;
- auxílio-moradia;
- ajuda de custo (água, luz, telefone,
internet etc.);
- auxílio-alimentação;
- voo pela FAB (ou helicóptero do
governo) cada vez que eles e familiares precisassem retornar à terra natal;
- verba para gabinete (no caso, seria
verba para consultório, para que eles pudessem pagar funcionários: faxineira,
enfermeira, secretária);
- ressarcimento das despesas que
teriam com compra de medicamentos e materiais para uso em seus consultórios;
- auxílio-terno (no caso, seria
auxílio avental);
- carros oficiais (no caso, seria ao
menos uma ambulância para que o médico ou um motorista pudesse levar os
pacientes mais graves para algum hospital).
De que adianta colocar um médico, seja
brasileiro ou estrangeiro, numa localidade e ele ter de atender pacientes num
cubículo caindo aos pedaços, sem equipamentos adequados, sem materiais
descartáveis, sem condições de fazer uma cirurgia de emergência num paciente em
estado grave?
Enfim, o problema da saúde pública não
se resume à falta de médicos, mas à falta de estrutura para que os médicos
prestem bons serviços à comunidade.
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