segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Amor Acorrentado

Às vezes não entendemos como uma pessoa antes amorosa pode se transformar num diabo raivoso com o passar do tempo (mulher = megera e homem = déspota). Fui buscar a explicação nos animais: deixe um mimoso e alegre filhote de cão preso todos os dias numa corrente e dê-lhe comida só de vez em quando. Pior: maltrate-o quando este não lhe obedecer ou ganir pela falta de carinho. Em breve terá um animal raivoso e indisciplinado, que esperará um descuido do seu dono para atacá-lo.

Assim é o amor entre duas pessoas. Quando nasce é como se fosse um filhote alegre e brincalhão, cheio de afeto por quem cuidar dele e alimentar. Todavia, se for acorrentado e maltratado, quando tornar-se um cão adulto em nada lembrará a coisinha fofa de antes, mas uma besta pronta para odiar ou um animal triste e amedrontado. Depois, é aquela famosa frase: "Tu não eras assim quando te conheci". E, tal como um cão que já não serve para alegrar a vida de ninguém, acontece o abandono.



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