segunda-feira, 3 de setembro de 2012

Uma Aula de História Sobre o Nascimento do PT – Por Lúcia Hippólito


O PT nasceu de cesariana, há 29 anos. O pai foi o movimento sindical, e a mãe, a Igreja Católica, por meio das Comunidades Eclesiais de Base.
Outros orgulhosos padrinhos foram os intelectuais, basicamente paulistas e cariocas, felizes de poder participar do crescimento e um partido puro, nascido na mais nobre das classes sociais, segundo eles: o proletariado.
 
“Crescimento” do PT:
 
O PT cresceu como criança mimada, manhosa, voluntariosa e birrenta. Não gostava do capitalismo, preferia o socialismo. Era revolucionário. Dizia que não queria chegar ao poder, mas denunciar os erros das elites brasileiras.
O PT lançava e elegia candidatos, mas não "dançava conforme a música". Não fazia acordos, não participava de coalizões, não gostava de alianças. Era uma gente pura, ética, que não se misturava aos picaretas.
O PT entrou na juventude como muitos outros jovens: mimado, chato e brigando com o mundo adulto.
Mas nos estados, o partido começava a ganhar prefeituras e governos, fruto de alianças, conversas e conchavos. E assim os petistas passaram a se relacionar com empresários, empreiteiros, banqueiros.
Tudo muito chique, conforme o figurino.
 
“Maioridade” do PT:
 
E em 2002 o PT ingressou finalmente na maioridade. Ganhou a presidência da República. Para isso, teve de se livrar de antigos companheiros, amizades problemáticas. Teve de abrir mão de convicções, amigos de fé, irmãos camaradas.
Pessoas honestas e de princípios se afastam do PT.
A primeira desilusão se deu entre intelectuais. Gente da mais alta estirpe, como Francisco de Oliveira, Leandro Konder e Carlos Nelson Coutinho se afastou do partido, seguida de um grupo liderado por Plínio de Arruda Sampaio Junior.
Em seguida, foi a vez da esquerda. A expulsão de Heloísa Helena em 2004 levou junto Luciana Genro e Chico Alencar, entre outros, que fundaram o PSOL.
Os militantes ligados à Igreja Católica também começaram a se afastar, primeiro aqueles ligados ao deputado Chico Alencar, em seguida, Frei Betto.
E agora, bem mais recentemente, o senador Flávio Arns, de fortíssimas ligações familiares com a Igreja Católica.
Os ambientalistas, por sua vez, começam a se retirar a partir do desligamento da senadora Marina Silva do partido.
Quem ficou no PT?
Afinal, quem do grupo fundador ficará no PT? Os sindicalistas.
 
Por isso é que se diz que o PT está cada vez mais parecido com o velho PTB de antes de 64.
Controlado pelos pelegos, todos aboletados nos ministérios, nas diretorias e nos conselhos das estatais, sempre nas proximidades do presidente da República.
Recebendo polpudos salários, mantendo relações delicadas com o empresariado. Cavando benefícios para os seus. Aliando-se ao coronelismo mais arcaico, o novo PT não vai desaparecer, porque está fortemente enraizado na administração pública dos estados e municípios. Além do governo federal, naturalmente.
É o triunfo da pelegada.
 
Diamantina, Interior de Minas Gerais, 1914.
 
O jovem Juscelino Kubitschek, de 12 anos, ganha seu primeiro par de sapatos.
Passou fome. Jurou estudar e ser alguém. Com inúmeras dificuldades, concluiu o curso de Medicina e se especializou em Paris.
Como Presidente, modernizou o Brasil.
Legou um rol impressionante de obras e; humilde e obstinado, era (E AINDA É) querido por todos. 
 
Brasília, 2003.
 
Lula assume a presidência. Arrogante, se vangloria de não haver estudado.
Acha bobagem falar inglês. “Tenho diploma da vida”, afirma. E para ele basta.
Meses depois, diz que 'ler é um hábito chato".
Quando era “sindicalista”, percebeu que poderia ganhar sem estudar e sem trabalhar - sua meta até hoje.
 
Londres, 1940.
 
Os bombardeios são diários, e uma invasão aeronaval nazista é iminente.
O primeiro-ministro W. Churchill pede ao rei George VI que vá para o Canadá.
Tranquilo, o rei avisa que não vai.
Churchill insiste: então que, ao menos, vá a rainha com as filhas. Elas não aceitam e a filha entra no exército britânico; como "Tenente-Enfermeira", e, sua função é recolher feridos nos bombardeios.
Hoje ela é a Rainha Elizabeth II. 
 
Brasília, 2005.
 
A primeira-dama (que nada faz para justificar o título) Marisa Letícia, requer “cidadania italiana” - e consegue.
Explica, candidamente, que quer “um futuro melhor para seus filhos”.
E O FUTURO DOS NOSSOS FILHOS, CIDADÃOS E TRABALHADORES BRASILEIROS?
 
Washington, 1974.
 
A imprensa americana descobre que o presidente Richard Nixon está envolvido até o pescoço no caso Watergate. Ele nega, mas jornais e o Congresso o encostam contra a parede, e ele acaba confessando.
Renuncia nesse mesmo ano, pedindo desculpas ao povo.
 
Brasília, 2005.
 
Flagrado no maior escândalo de corrupção da história do País, e tentando disfarçar o desvio de dinheiro público em caixa 2, Lula é instado a se explicar.
Ante as muitas provas, Lula repete o “eu não sabia de nada”, e ainda acusa a imprensa de persegui-lo.
Disse que foi “traído”, mas não conta por quem.
 
Londres, 2001.
 
O filho mais velho do primeiro-ministro Tony Blair é detido, embriagado, pela polícia.
Sem saber quem ele é, avisam que vão ligar para seu pai buscá-lo.
Com medo de envolver o pai num escândalo, o adolescente dá um nome falso.
A polícia descobre e chama Blair,  que vai sozinho à delegacia buscar o filho.
Pediu desculpas ao povo pelos erros do filho. 
 
Brasília, 2005.
 
O filho mais velho de Lula é descoberto recebendo R$ 5 milhões de uma empresa, financiada com dinheiro público. Alega que recebeu a fortuna vendendo sua empresa, de fundo de quintal, que não valia nem um décimo disso.
O pai, raivoso, o defende e diz que não admite que envolvam seu “filhinho nessa sujeira?”
 
Nova Délhi, 2003.
 
O primeiro-ministro indiano pretende comprar um avião novo para suas viagens.
Adquire um excelente, brasileiríssimo “EMB-195”, da Embraer, por US$ 10 milhões.
 
Brasília, 2003.
 
Lula quer um avião novo para a presidência. Fabricado no Brasil não serve.
Quer um dos caros, de um consórcio franco-alemão. Gasta US$ 57 milhões e manda, ainda, decorar a aeronave de luxo nos EUA. Do Brasil, não serve.

Nenhum comentário:

Postar um comentário