quarta-feira, 18 de abril de 2012

Mulheres Que Amam Demais

Algumas mulheres têm a mania de ficar justificando as atitudes incoerentes de outros. Se um homem não telefona, é porque deve estar muito ocupado; se não dá atenção, é porque é distraído; se não é carinhoso, é porque teve problemas com a mãe quando era criança; se não retribui o sentimento recebido, é porque foi maltratado quando criança e não sabe demonstrar amor.
Tenho bronca desse tipo de "psicologia caseira". Faz parte do irreparável destino de uma mulher sentir essa espécie de instinto maternal e sempre pôr-se em nível inferior ao lidar com homens problemáticos e complexos.
Mas um dia aprendemos que amar não significa rastejar com joelhos sangrando; que amar não é tapar a boca, olhos e ouvidos para sermos aceitas; que não é preciso esquecer-se de nós mesmas para sermos objeto de adoração de outrem e que temperamento não é destino. É tudo tão simples, basta não complicar e nem tentar bancar a psicóloga, a mãe, a enfermeira, uma Tereza de Calcutá salvadora dos aflitos e necessitados. Se ele não liga, não dá atenção, não retribui à altura o afeto que recebe, é porque não está a fim e pronto! Para que tanto desgaste e estresse por alguém que não é boa companhia nem para compartilhar solidão? E não venham com essa que é por falta de uma efetiva comunicação e que basta um diálogo, uma discussão de relacionamento, para resolver problemas de carência afetiva. Quem ama sente necessidade de comunicar-se, de ficar horas conversando com a pessoa com quem gosta de estar, e isso ocorre naturalmente, sem opressão ou imposição. 
Relacionamentos corrosivos, que destroem autoestima, que causam angústia, insegurança e perda de sono devem ter um fim. E sem justificativas. Nenhuma mulher, mas nenhuma mesmo merece entregar um coração amoroso a um homem e recebê-lo de volta oprimido, pisado, machucado. Há exceções, claro, pois há quem goste de chorar e de sofrer por um homem, quem se sente viva desta maneira, mas isso já é caso para a psiquiatria, pois somente ela pode explicar o que não se pode compreender.


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