sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Estudo Sobre aTraição – Prazer ou dor?

Traição, infidelidade e adultério, ao contrário do que muitos costumam pensar, não são considerados sinônimos entre si. Mas só quem já experimentou ou sentiu na pele qualquer um deles concorda que, não importa o significado, todas essas três palavras carregam uma carga tão pesada, que a simples menção delas já é suficiente para evocar traumas, dor e sofrimento.
Existem diferentes definições para o que é considerado “traição”,“infidelidade” e “adultério”.

De acordo com o Dicionário Eletrônico Houaiss da Língua Portuguesa, uma das definições dadas para “traição” é, por analogia, “infidelidade no amor”. Já a palavra “infidelidade”, está definida mais precisamente como “falta de respeito, de fidelidade àquilo com que se deveria estar comprometido”. E também como sendo uma “manutenção de ligações amorosas com outra pessoa diferente daquela com quem se está comprometido”. Por fim, “adultério”, é definido como sendo “violação, transgressão da regra de fidelidade conjugal imposta aos cônjuges pelo contrato matrimonial, cujo princípio consiste em não se manter relações carnais com outrem fora do casamento. E ao mesmo tempo é tido como “infidelidade estabelecida por relação carnal com outro(a) parceiro(a) que não o(a) companheiro(a) habitual”.

Traição é um tabu que está prestes a ser derrubado pela sociedade. Até meados do século passado, não se falava abertamente sobre o assunto. A infidelidade era considerada um pecado, por todas as religiões. E ainda o é. Em alguns países, a mulher pode ser apedrejada até a morte se trair o marido. Na monarquia inglesa a mulher  infiel ainda pode, por lei, ser executada se estiver  na linha de sucessão ao trono. A monogamia é tão valorizada porque, dentro da evolução humana,  acredita-se que os flhos têm mais chances de virem a se tornar cidadões normais se forem cuidados pelo pai e pela mãe.     

Todavia, no nosso mundo contemporâneo, está cada dia mais difícil manter vínculos estáveis. Conforme Zygmunt Bauman, em nosso mundo de furiosa “individuação“, os relacionamentos são bençãos ambíguas. Oscilam entre o sonho e o pesadelo, e não há como determinar quando um se transforma no outro. De fato, é possível que alguém se apaixone mais de uma vez, e algumas pessoas se gabam – ou se queixam – de que “apaixonar-se“ e “desapaixonar-se“ é algo que lhes acontece de modo muito fácil. Todos nós já ouvimos histórias sobre pessoas “propensas“ ou “vulneráveis“ ao amor. A definição romântica  do amor “até que a morte nos separe“ está decididamente fora de moda. Em vez de haver mais pessoas atingindo mais vezes os elevados padrões do amor, esses padrões foram baixados.  Como resultado, um conjunto de experiências às quais nos referimos com a palavra amor expandiu-se muito. Paixão é considerada amor. Encantamento é considerado amor. Até noites avulsas de amor chama-se “fazer amor“. E tão banalizada ficou a palavra “amor“, que os votos de “até que a morte nos separe“ deveriam ser substituídos por “até que outro (a) nos separe“ ou “até que a rotina nos desencante“

Recentemente, em uma reportagem da Revista Domingo do Jornal do Brasil,  discutiram-se as diferenças entre fidelidade e lealdade. Na reportagem, a psicanalista e sexóloga S. Cherman é citada, defendendo a posição de que fidelidade não é sinônimo de lealdade e que apesar de nascermos para sermos polígamos, a sociedade nos impõe a monogamia. Na sua experiência clínica, 90% das mulheres declararam ter fantasias sexuais com outros homens que não seus maridos. Ela afirma, com este dado, que ninguém é fiel, pois no momento em que se fantasia com outrem, já se está sendo infiel. Nas suas palavras, “lealdade é ser fiel ao próprio sentimento, mesmo que isto provoque conflitos”.

O conceito de lealdade e fidelidade varia de casal para casal e que o ato de ter relações sexuais fora do casamento não implica, para alguns  casais, ser desleal ao parceiro. Um cônjuge pode ser infiel ao seu parceiro, mas pode manter-se leal ao optar pela não dissolução do matrimônio pelo bem dos filhos.

Ou seja, “traição”, “infidelidade”, “deslealdade” e “adultério” são termos parecidos, mas não podem ser usados como sinônimos quando falarmos sobre relacionamentos extraconjugais. O adultério é um termo usado juridicamente  quando existem relações carnais (ou sexuais) fora do casamento. Isto porque há um contrato matrimonial quando duas pessoas se casam, como pode ser visto na própria definição de adultério, que coloca o princípio ou regra da fidelidade conjugal. O ato de manter relações sexuais com outra(s) pessoa(s) fora do  casamento é considerado uma violação ou transgressão desta regra.

Entre 516 a.C. e a destruição de Jerusalém pelos romanos em 70 d.C., os costumes sexuais judaicos passaram a ser cada vez mais identificados com as leis de Deus. Até então, no judaísmo, poucas práticas sexuais  eram consideradas imorais. Aos homens, ao contrário das mulheres, era permitido livre acesso às prostitutas, concubinas, viúvas, criadas domésticas, e só lhes era   interditado o relacionamento sexual com uma mulher casada, pois os relatos sagrados de Deus diziam para “não cobiçar a mulher do próximo”.

Com o advento do Cristianismo, a virgindade passou a ser mais exaltada, a poligamia abolida e as relações sexuais permitidas apenas para a procriação. A castidade passa a ser essencial para ambos os sexos e o casamento é investido de  significado sacramental e simbólico. A monogamia era a única forma aceitável de casamento e o Novo Testamento menosprezava o concubinato.

Na Bíblia (Marcos, 10:11), Jesus falou o seguinte: “Quem repudia sua mulher e se casa com outra, comete adultério contra a primeira; e se a mulher repudia o marido e se casa com outro, comete adultério”. Nos séculos posteriores  a Jesus, alguns líderes cristãos tornaram-se hostis ao sexo. O celibato, porém, só  foi oficialmente imposto ao clero cristão no século XI e a abstinência sexual foi se  vinculando cada vez mais a Deus e o adultério ao pecado, tanto para homens como para mulheres.

No mito do casamento romântico, considera-se que o ideal é que haja amor apenas por uma única pessoa, aquela com quem se casa e só este amor vai durar para sempre, até que a vida dure, ou até que a morte os separe. A exclusividade sexual e a permanência fazem parte também deste mito, sendo igualmente importantes em sua configuração. As pessoas tendem a ter a expectativa de encontrar uma história de amor dentro de seus casamentos e que o relacionamento será baseado no companheirismo e na igualdade, sem dominação ou subordinação. O  casamento, desta forma, se tornou o lugar onde amor e fidelidade sexual estariam para sempre ligados.

Por fim, na Revolução Industrial do século XX começa a surgir a idéia de que como o amor nem sempre dura a vida toda, é de direito de cada um poder  procurar um novo amor, com a devida liberdade para cada parceiro poder ter seus  próprios casos amorosos. Então, no século XX, o casamento, apesar de ser fundamentado nas escolhas racionais nem sempre feitas exclusivamente pelos dois parceiros, tornou-se uma questão de se apaixonar. Casar-se tinha como base o desejo da paixão. Casamento e amor se unem e o amor romântico tornou-se a experiência mais desejante da vida.

Já nos recentes anos sessenta e setenta começou uma busca do verdadeiro conhecimento de si mesmo, com as pessoas explorando as várias facetas de si  mesmas, o que incluía suas sexualidades. Os relacionamentos mais duradouros  deviam ser aqueles nos quais se permitisse a autonomia para cada parceiro.

Historicamente, o homem sempre teve mais liberdade que a mulher com relação à busca de novos relacionamentos fora do compromisso do casamento. Ao costume social que permitia muita liberdade ao homem e pouca liberdade à mulher dá-se o nome de padrão de dupla moral ou padrão social duplo.

Com relação aos dias atuais, a proporção de mulheres casadas há mais de cinco anos que têm encontros sexuais extraconjugais é, hoje em dia, virtualmente a mesma que a de homens que se encontram na mesma situação. O padrão duplo ainda existe, mas as mulheres não são mais tolerantes diante da perspectiva de que – enquanto os homens necessitam de variedade e pode-se esperar que se envolvam em aventuras extraconjugais – elas não se comportem do mesmo modo. Muitas mulheres casadas justificam suas infidelidades pela incompetência do parceiro, estar com alguém sem estar apaixonada (casamento de conveniência), perda da admiração (quando o marido bebe demais), por bobeira (carência demasiada) ou por vingança (quando o marido também as trai).

Com relação ao adultério nos tempos modernos, certos elementos retêm uma importância particular, como por exemplo, o heroísmo em conseguir ultrapassar obstáculos por amor e o desejo de possuir o que não pode  ser obtido, o inalcançável; o prazer no que é ilícito e secreto; o drama que é vivido no ato de conhecer e se separar de alguém; o sentimento de ser tomado pela emoção e pelo poder; o sofrimento da traição profunda que está sempre   envolvido; o  desafio da ordem social ao lado da possibilidade de punição e  exclusão da sociedade civil; e o fato do adultério não ter lugar em si mesmo, na  sociedade como um todo. Com relação a isto, a sociedade depende para a sua existência de regras que governem as relações; o adultério traz a concepção de coisas erradas em lugares errados, ou de pessoas erradas em camas erradas, indo de encontro às tais regras que regem as relações humanas, tais como fidelidade, exclusividade, respeito mútuo, sinceridade, etc.

Tipos de Adultério

O primeiro é o “adultério paralelo” no qual o cônjuge fecha os olhos ou desculpa o adúltero (a) através do seu silêncio, mesmo se ele não aprova ou não aprecia o fato da traição do cônjuge traidor. Ou seja, este tipo de adultério corresponde àquele em que o marido ou esposa toma conhecimento e aceita o relacionamento de seu par com uma outra pessoa. Neste caso, o homem pode prover ou dar suporte financeiro e até mesmo requerer que a amante permaneça ligada sexualmente somente a ele.

O segundo tipo é o “adultério tradicional” que provoca uma espécie de quebra no casamento. É um “relacionamento ilícito por excelência” que normalmente pelo menos a princípio, é mantido em segredo. Nele, muito esforço é gasto para garantir que o (a) esposo(a) não fique sabendo de nada, apesar dos que estão ao redor, os amigos em comum, saibam de tudo. Este tipo de adultério foi mais comumente exercido pelas mulheres (esposas).  Uma interessante explicação para esta forma de adultério é que, enquanto que no casamento, tradicionalmente, o homem tinha o poder em mãos e a mulher era   requerida a servi-lo e a nutri-lo, no adultério a relação de poder é invertida.

A mulher é quem decide iniciar um relacionamento extraconjugal, controlando o seu  progresso, incluindo a decisão de quando deve terminar ou não o romance. Um adultério paralelo pode se tornar tradicional, ou vice-versa. Isso pode ocorrer, por  exemplo, quando uma ligação tradicional e secreta de uma esposa for descoberta,  e ela pode persuadir o seu marido a aceitá-la; ou uma amante de longa data, que já  foi aceita pela esposa, pode demandar o divórcio, o que pode trazer as duas mulheres para um conflito aberto.

Finalmente o terceiro tipo de adultério é o “adultério de recreação”, que é aquele que satisfaz o desejo de brincar. Geralmente aqueles que o praticam, é na intenção de chegar ao prazer e de evitar o dilema moral, convidando mais gente para brincar também, incluindo ou excluindo seus cônjuges. Este “adultério de recreação“ pode mover-se facilmente para o paralelo ou o  tradicional, mas enquanto estes eu caracterizo como tendo uma certa solidez e resistência, o adultério de recreação é breve, uma maneira de viver perigosamente, mas não para arriscar tudo que é valioso, ou manejar o dilema moral insistindo na divisão ‘só sexo e sexo com amor’. Este é, como o próprio  nome diz, despreocupado, não é sério ou compromissado, mas é para diversão,  pela alegria de viver.

Este adultério pode ocorrer devido à necessidade de satisfazer os caprichos  do apetite sexual, o que não significa necessariamente incompatibilidade com uma  perfeita e sincera devoção para com o cônjuge, que já tenha se tornado um  companheiro ou amigo de longa data. Ou também, pode significar a culminação de uma expressão de um sentimento detestável de um cônjuge por outro. 

Independentemente do tipo de adultério, fica claro que, na história, este ato já teve muitos significados diferentes que resultavam em diversos fins, dependendo, antes de tudo, se era cometido pela esposa ou pelo marido. Outro  fator importante a se considerar quanto ao adultério é que as condições nos tempos modernos foram alteradas, ou seja, a igualdade entre homens e mulheres é  um ideal (apesar de ainda não ser um fato). O adultério é ainda condenado  igualmente tanto por homens quanto por mulheres.
O sentimento de transgressão no ato do adultério e como sendo algo que é basicamente errado, atravessa os séculos e não é facilmente descartado ainda hoje.
Mas, quais serão as razões apontadas para a prática do adultério?

Razões para a infidelidade e para o adultério

Existem muitas razões para a infifelidade, desde as mais nobres até as mais esfarrapadas.  Alguns estudiosos  culpam a testotestorana, o hormônio  masculino da agressividade e da conquista. Para os homens, toda essa teoria  tem outros nomes: tesão, novidade, mulher que não se cuida (entendam: fica gorda) e, pasmem, instinto de caçador. Em relação às  mulheres, as razões resumem-se à falta de encantamente e admiração por seus maridos, o desejo de voltar a serem desejadas, pois   o casamento já não lhes fornece romance e sedução.  

Há outra linha de explicação para o adultério feminino, que sempre existiu, apesar de ser menos constante que o masculino. De acordo com esta, as mulheres que procurassem mais homens teriam mais abrigo e alimentos, e  consequentemente, mais proteção e saúde, o que garantiria a sobrevivência dos filhos. Além disso, caso um marido morresse, ou abandonasse o lar, ela teria outro a quem pedir socorro. Se a mulher tivesse um companheiro com má saúde, ela procuraria outro homem para melhorar sua linhagem genética.
Além da explicação biológica, existem outras, baseadas na motivação e nas diferenças individuais de cada pessoa que levam à infidelidade. Em estudos para diferenciar a infidelidade emocional e sexual, foi observado que a infidelidade tende a resultar em divórcio se a  esposa acredita que a relação estabelecida com a rival escolhida pelo marido tem uma carga emocional mais intensa do que a sua. Os homens tendem a declarar que o relacionamento extraconjugal foi apenas físico, ou seja, foi caracterizado por sexo, sem carga emocional. Já as mulheres tendem a se envolver com outros homens
com intimidade emocional. Alguns autores questionam esta dicotomia entre relacionamentos sexuais e emocionais, pois onde há sexo supõe-se que haja algum nível de intimidade emocional. E quando perguntaram para pessoas que   participaram de suas pesquisas sobre o que é um relacionamento “puramente sexual” ou “puramente emocional”, os resultados foram confusos (DeSteno et al.,2002 apud Barta e Kiene, 2005).

A infidelidade emocional existe quando o parceiro sente que está   apaixonado por outra pessoa, fora de seu relacionamento. Quando não há um   componente sexual manifesto, a infidelidade emocional também pode ocorrer.
São os casos da infidelidade mediada por computador, pelo uso da Internet. Neste    caso o relacionamento é estabelecido sem contato visual ou físico pelos parceiros  e não há um objetivo principal e aparente de achar um parceiro sexual.

A maioria dos casos de infidelidade marital, porém, cai no meio dos dois tipos descritos (emocional e sexual). De acordo com relatos de cônjuges infiéis, 56% dos homens e 63% das mulheres descreveram seus relacionamentos extramaritais como tendo preenchido suas necessidades emocionais e sexuais  igualmente (Thompson, 1984 apud Barta e Kiene, 2005). 

Mas, como ainda não foi descoberto o “gene da infidelidade“, as relações extramaritais podem ser causa ou  conseqüência de problemas dentro do casamento, ou simplesmente não haver  nenhuma relação entre um e outro. Na maioria dos ca sos, acredita-se que as relações extramaritais derivam de necessidade de variação sexual, da busca de novas satisfações emocionais, o que pode ser reflexo de maus  casamentos, e até mesmo por retaliação. Há ainda a influência de outros fatores, como o envelhecimento (e a necessidade de se provar que ainda está bem), imaturidade, alcoolismo, surgimento de oportunidades, dentre outros.

Dados demográficos mostram que existe uma demanda excessiva de mulheres e uma oferta reduzida de homens, o que justificaria a infidelidade conjugal. Isto porque, quanto mais velhas as mulheres ficam, maior a competição por poucos homens, e quanto mais velhos os homens, mas eles têm escolhas no mercado matrimonial. Já para as mulheres
restam as opções de serem amantes de um homem casado, a solidão, a relação com outra mulher ou buscar parceiros mais jovens que elas. Os dados brasileiros mostram que aos 65 anos, 80% dos homens estão casados e as mulheres são  apenas 30%. Ou seja, há muito mais mulheres não casadas na medida em que envelhecem, do que homens, fato que aumenta a probabilidade do homem buscar outras mulheres para se relacionar fora dos seus casamentos.

Quanto às reações frente à descoberta da infidelidade de um dos parceiros, Cann, Mangum e Wells (2001) observaram que atitudes e crenças a respeito dos relacionamentos podem modificar a forma como homens e mulheres respondem à infidelidade. O sentimento de dor e aflição frente à infidelidade emocional foi mais aparente, na pesquisa deles, naquelas pessoas que idealizavam o romance nos seus relacionamentos. Murphy et. al. (2005) explicam que o homem demonstra ciúmes quando descobre que sua parceira foi infiel sexualmente e os ciúmes na mulher serão ativados quando descobre que seu parceiro se envolveu emocionalmente com outra pessoa. A mulher tende a achar que seu parceiro foi emocionalmente infiel porque não está mais disposto a investir nela de maneira exclusiva.

Já para Goldenberg (2006), somente 30% das pessoas que já foram traídas terminaram a relação por causa disto. A maioria dos homens e mulheres, de acordo com a pesquisadora, reage à descoberta da traição, brigando, chorando, xingando, mas passado o choque inicial, busca esquecer o que passou.

Para finalizar este estudo, ousarei expor minha opinião subjetiva a respeito do assunto em tela.

Está comprovado que traição, infidelidade, desleadade, adultério ou seja lá que nome tiver, são geradores de profundos sofrimentos, inclusive a terceiros. Ninguém está livre de trair algum dia e precisar de justificativas para explicar o por quê. Mas trair somente para testar o ego ou a capacidade de sedução é perder a capacidade de ser uma pessoa respeitável e admirada. Quando o ato de trair gera  sentimento de culpa, pode ser nocivo para a saúde, causando males psíquicos que se transformarão em doenças físicas e mentais. Trair, apenas para encontrar prazer,  é comparar-se a Judas; ser infiel é ser indigno de confiança; ser desleal é merecer o epíteto de desonesto, sem cárater, pérfido; ser um adúltero (a) é merecer ser apedrejado (a) em praça pública, quando uma família inteira corre o risco de ser destruída pelo egoísmo de um só. Também acho injusto alguém utilizar-se da espiritualidade/espiritismo para justificar a traição, pois muitos  justificam seus maus atos alegando ser, a traição, obra Divina, pelo fato de ser “alma gêmea“ do (a) amante, quando mais honesto seria assumir que as razões foram “falta de amor, insatisfação, crise ou problemas do relacionamento, instinto, oportunidade, atração, desejo, vontade, tesão, “testicocefalia” (no caso dos homens) etc.

Todavia, não sou contra rompimentos ou divórcio, quando, comprovadamente, a falta de amor ou respeito torna a convivência insustentável  nem contra uma traição quando há conivência do cônjuge, mas....

Trair, manter relações extraconjugais de forma sub-reptícia, envolve mentiras, sentimentos de culpa, medos, transtornos. Que orgulho há em agir desta maneira? Que amor próprio podem sentir pessoas que vivem se escondendo, justamente por viverem ilicitamente? Não seria mais honesto terminar uma relação já deteriorada,  falar a verdade,  ser franco e sincero com um cônjuge que merece, no mínimo, respeito, antes de aventurar-se num novo relacionamento?  Que Deus me perdoe, mas apunhalar pelas costas uma pessoa com quem se trocou promessas de fidelidade até a morte é pior que a morte.

Nenhum comentário:

Postar um comentário