O cientista Robert
Oppenheimer, que coordenou a Operação Manhattam, que gerou a bomba atômica,
ficou enlouquecido ao ver esse artefato explodir Hiroshima e Nagasaki. Diante
de tanta destruição causada pela sua criação, proferiu a célebre frase: "O
maior perigo da humanidade é o cientista alienado".
A alienação, a
desumanização a que Oppenheimer fez referência, se alastra hoje pelos mais
diversos campos da sociedade. Hoje, o maior perigo para a humanidade é o
cientista alienado, o político alienado, o educador, o aluno, o profissional
alienado, o consumidor, o cidadão, o ser humano alienado. Uma alienação que põe
em risco o próprio projeto civilizatório.
Tempos confusos estes
em que nos coube viver.
Dias desleais, de
fria indiferença diante do essencial. A chama da bondade, da fraternidade e da
compaixão, tão trêmula, vacilante e fraca, a passar a impressão de que a
qualquer momento pode se apagar. Os paradigmas do passado já não atendem aos
graves desafios que encontramos pela frente.
Toda a violência que
nos cerca, a ignorância existencial que se alastra, todas as crises que se
espalham por todos os recantos da Terra. Em que curva da estrada foi que
perdemos o nosso rumo?
O mundo contemporâneo
atravessa uma de suas mais graves crises – uma crise de demolição,
caracterizada pelo desmoronar de velhos padrões e certezas.
Nestes tempos de
vidraças quebradas e flores partidas, haverá tarefa mais urgente do que
reconduzir os passos em direção à senda que conduz à plenitude esquecida?
Da mesma forma que a
religião sem ciência nos conduziu à degradação no passado, na atualidade a
ciência sem religião está nos levando à autodestruição.
A ciência tem um
caminho próprio, que é o analítico. A religião tem um caminho próprio, que é o
sintético. Um não precisa do outro. Mas, como afirmou Fritjof Capra: “o ser
humano precisa de ambos”. Ciência & Religião.
São as duas pernas
que o ser humano necessita para empreender uma jornada com o coração.
São tempos
existencialmente duros estes que nos coube vivenciar.
O momento que vivemos
encontra-se refletido na seguinte metáfora: “a lagarta já morreu e a borboleta
ainda não nasceu”.
O velho mundo já não
mais existe, já foi ultrapassado, esfarela-se a olhos vistos, e o novo mundo
ainda não surgiu, espera por nascer.
É, sem dúvida, um
tempo decisivo, de desafios sem precedentes que ombreamos, todos nós, a quem
coube vivenciar estes tempos de transição, de passagem para uma nova época.
“A lagarta já morreu,
e a borboleta ainda não nasceu”.
Na escuridão da noite
planetária que atravessamos, no pressentimento de uma manhã ensolarada e de um
oásis secreto a nos aguardar e redimir no tempo justo, nossa tarefa é a de
seguir adiante...
Em marcha!
Obs.: Baseado em textos do
terapeuta holístico Roberto Crema - Para saber mais sobre
Roberto Crema viste o site: http://www.robertocrema.net/
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