São raros os casos de
amor envolvendo pessoas casadas que realmente dá certo. São finais felizes
conseguidos à custa de muito sofrimento a todas as pessoas envolvidas, sejam
cônjuges que se sentiram traídos, filhos que se sentiram rejeitados e os
próprios amantes, que tiveram que suportar toda essa carga até poderem, enfim,
viver juntos para sempre e em paz com suas consciências.
Na maioria dos casos,
tudo não passa apenas de um romance inconsequente que termina quando o casamento
de um fica ameaçado ou quando a outra parte sente que não pode mais passar seus
dias sempre à espera do outro, dedicando seu tempo a alguém que jamais poderá
lhe pertencer por inteiro. Afinal, não é bom ter alguém, mas, ao mesmo tempo,
ter de estar sozinho (a) em datas e ocasiões especiais.
Penso que somente
pessoas mal resolvidas, carentes e sem amor próprio é que se sujeitam a um
relacionamento com uma pessoa casada, mesmo que ela demonstre estar muito
interessada e dizer que é infeliz no casamento. Pessoas com baixa autoestima ou
que passaram por problemas constantes de rejeição geralmente desejam,
inconscientemente, sentir-se poderosas; por isso veem no ato de roubar o
cônjuge de alguém uma oportunidade de se sentirem sedutoras e valorizadas.
Também são essas pessoas as primeiras a cair fora quando seu intento é
alcançado.
Um relacionamento só
é bom quando há uma parceria para todos os momentos, quando há liberdade para poder
estar junto sem temer a nada e nem a ninguém, quando é possível compartilhar
amigos, família e todo o tempo do mundo. Não, eu não me sujeitaria à prisão que
é estar na obscuridade por causa de um homem casado. Meu amor próprio não
permitiria que eu perdesse os melhores anos da minha vida e a oportunidade de vir
a conhecer uma pessoa que pudesse ser companhia para todas as horas por causa
de um homem que seria apenas um corpo sem alma.
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