quarta-feira, 15 de junho de 2011

Filmes que sempre vou lembrar

Há filmes que agradam por causam do enredo, seja um drama, uma comédia, ação ou suspense. Mas há filmes que tocam profundamente o coração, que trazem lágrimas aos olhos, que continuam emocionando mesmo com o passar do tempo, somente pela lembrança. Vou listar alguns dos filmes que me marcaram e não sei bem por quê.


Príncipe Suzano e Dragão de Oito Cabeças (1963)






Quem não assistiu a este conto de fadas japonês quando criança na década de 70? Comovente, repleto de significados em relação aos objetivos que perseguimos e os obstáculos que devemos superar para alcançá-los.
Suzano é um príncipe cuja mãe morreu. O irmão de Suzano diz que a mãe agora está em outro lugar, o que o faz acreditar que ela ainda está viva. Inconformado, o príncipe decide sair à procura dela e, durante a sua jornada, faz muitos amigos. Chegando à Província de Izumo conhece uma princesa cujas irmãs, sete ao todo, foram sacrificadas pelo Dragão de Oito Cabeças, e ela seria a oitava vítima. Suzano então decide ajudar a família da princesa, destruindo o dragão. No final, há a recompensa e o emocionante reencontro com aquela a quem procura há tanto tempo.




Love Story (1970)







É a história de amor mais bonita que já vi na minha vida, mesmo tendo um final triste. O amor na juventude é o que de mais singelo existe, o mais puro, ousado e inocente ao mesmo tempo. Oliver apaixona-se por Jenny, uma moça metida a intelectual que nada tem de exuberante. É uma moça simples, mas inteligente. E por amor a ela, ele briga com seu pai, que não considera Jenny um “bom partido”. Por amor a Jenny, ele rompe com as convenções, desiste da vida confortável que tem para ficar com ela, não se importando com as dificuldades. Quem não gostaria de ter ao lado um homem que, por amor, é capaz de sair da zona de conforto e realmente compartilhar o que de melhor existe no mundo que é a própria vida?
A frase marcante do filme: “Amar é jamais ter de pedir perdão”.


Buster e Billie (1974)






Não sei por que este filme me tocou. Foi intenso, romântico e trágico ao mesmo tempo.
Buster Lane é o garoto mais popular da escola e namora a garota mais bonita e rica da cidade, Margie Hooks, da qual fica noivo e com quem casará logo após a formatura. Margie pretende casar virgem, então Buster começa a visitar secretamente Billie, uma garota pobre que se deixa ser usada sexualmente por todos os meninos locais devido à carência e ao esforço em ser aceita. Só que a fragilidade e a tristeza de Billie acabam por comover Buster, que não mais a procura por gratificação sexual, mas para proporcionar-lhe belos momentos, sabendo que isso a fará feliz. E a cumplicidade se transforma em amor recíproco. Buster então rompe seu noivado, desagradando todos os habitantes locais, os familiares de Margie e seus amigos. Mesmo assim, os dois jovens são felizes e descobrem as alegrias do primeiro amor, até que a relação é forçada a um fim violento e trágico.

A História de Oliver (1978)


É a continuação de Love Story. E por que gostei tanto? Explico. Neste filme,  Oliver Barret IV conhece a elegante e sofisticada Marcie Bonwit, uma recente divorciada, para quem a carreira é o mais importante. Aos olhos dos outros, ambos são bonitos, ricos, independentes, ou seja, formam um casal perfeito em todos os sentidos. Também são reticentes em comprometer-se, uma vez que ainda se encontram sensíveis em relação às suas perdas. Relacionando-se com Marcie, Oliver começa a aceitar a possibilidade de um novo amor, só que há um detalhe: Marcie não tem a mesma simplicidade e vivacidade que Jenny possuía. Preocupada com sua carreira e pelo medo de novamente encarar um casamento, Marcie é um tanto autômata, calculando todos os seus passos e controlando suas emoções. Assunto bem atual, não?
O final é marcante: Oliver deixa Marcie, pois somente com Jenny ele conseguia ser ele mesmo. No livro homônimo, a última frase de Oliver é a seguinte: “Se Jenny ainda fosse viva, eu também me sentiria vivo”.


O Outro Lado da Meia Noite (1977)





Esta é um a história de amor doentio, de ciúmes e de vingança. Traumas de infância, rejeição e abandono muitas vezes fazem vir à tona o que de pior existe num ser humano que tinha tudo para ser normal.
Durante a Segunda Guerra, Noelle Page conhece o piloto americano Larry Douglas na França, onde os dois se apaixonam. Só que, em vez de casar com ela, ele inicia um romance com Catherine Alexander e casa-se com ela.  Noelle, mesmo tendo casado com o milionário Constantin Demiris, não consegue esquecer a traição de Larry, então pede ao marido para contratá-lo como piloto particular, no intuito de vingar-se. Mas quando eles se encontram, a paixão fala mais alto e eles retomam o romance, desta vez, proibido. Agora quem deseja vingar-se é o marido traído, Demiris, e seus planos de vingança incluem a inocente Catherine, na verdade, a única vítima da história toda.
Um detalhe: a continuação da história, intitulada Lembranças da Meia Noite, também é muito boa!

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