Há poucos dias ouvi alguém referir-se à amante como se estivesse vivenciando uma “história de amor” com ela. Dizia-se um homem “comprometido”, por isso é que não olharia para outra mulher.
Como pode um homem estar “comprometido” com uma mulher que é casada com outro? – Eu perguntei a ele.
Ele está tendo um “caso de amor”, e não uma “história de amor”. É diferente.
Ele está tendo um “caso de amor”, e não uma “história de amor”. É diferente.
História de amor é algo que já nasce de maneira pura e correta entre duas pessoas. Há fidelidade, lealdade, liberdade, sinceridade, disponibilidade para estar junto a maior parte do tempo com o outro; enfim, é um amor correto e honesto, que tende a perdurar até que “a morte os separe”. E de maneira alguma envolve uma terceira pessoa.
Caso de amor, como o que ele está vivendo, envolve, além de sexo sub-reptício, mentiras, traição, desonestidade para com a pessoa que está sendo traída. Pode até existir amor, mas não é uma bela história: é apenas uma incerteza. E ninguém consegue ser feliz quando não sabe se tudo terminará bem ou mal nem se haverá um futuro, pois “pau que nasce torto, morre torto”.
Há muitas histórias de amor por aí, seja em filmes, livros ou na vida real. E são chamados de “romances”. Casos de amor costumam aparecer em dramas, em suspenses ou em tragédias.
E uma história linda de amor foi a vivida pelo casal de patinadores Sergei Grinkov e Ekaterina Gordeeva. Emocionou-me. Emociona-me. E foi real.
Ekaterina tinha dez anos quando começou a patinar com Sergei, de 14 anos. E jamais se separaram. Para Ekaterina, Sergei era o seu belo príncipe. O jovem par foi campeão de patinação no gelo diversas vezes. E não foi somente a atuação perfeita deles que chamava a atenção do público: era a ternura e o amor que transpunham para a pista de gelo. Encantavam. Fascinavam.
Crescidos, começaram a namorar e casaram-se. Um ano depois, nasceu a pequena Daria. Quatro anos depois, em 1995, aos 28 anos, Sergei tomba durante uma apresentação, vítima de um ataque cardíaco fulminante, um mal de família.
Ekaterina refaz sua vida, mas essa é outra história. A que ficou para sempre na sua memória e de todos que a conheceram, foi a que viveu com Sergei, transformada no livro “My Sergei”. Também homenageou seu belo marido em 1996, quando retornou às pistas de gelo no espetáculo intitulado “Celebração de uma vida”, o qual foi transformado em documentário.
Se não foi uma bela e comovente história de amor, um caso é que não seria. Talvez um lindo poema inacabado. E este é o exemplo que tenho do que significa amar sem precisar ter de pedir perdão, como no filme “Love Story”, pois amar é não sentir culpa alguma na consciência.
No vídeo abaixo, uma colcha de retalhos do que foi a vida de Ekaterina e Sergei.
Muito lindo!
ResponderExcluirVi os dois patinando.Química e harmonia perfeita, pura perfeição e beleza. Emocionam até hoje, se vc procurar e verno You Tube. Lindos, maravilhosos.
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