Vi muitas pessoas
tristes no dia de hoje por não terem o que comemorar, principalmente por
estarem apartadas das pessoas que um dia as fizeram felizes. Soube, também, que
pessoas fizeram uso de remédios para dormir e poderem, assim, esquecer o quanto
estão carentes e solitárias. Este é o efeito do dia 12/06, tão ou mais
impactante quanto às vésperas de Natal.
O engraçado é que vi
muitas pessoas realmente casadas ou namorando estarem sozinhas neste dia, ou
porque o respectivo par estava na faculdade ou cumprindo algum compromisso
profissional, e nem por isso estavam chorando as mágoas.
Parece-me que as
pessoas sofrem mais pelo que não possuem ou pelo que não possam desfrutar: um
restaurante à luz de velas, um presente, uma tórrida noite de amor ou apenas um
íntimo jantar a dois. Este é o principal motivo da insatisfação humana: o que
não se pode obter para satisfação imediata de seus desejos.
Realmente, eu não
entendo. Sei que todas as pessoas almejam ter um amor pra vida inteira, pois
ninguém nasceu pra ser sozinho nesta vida, mas não ter um amor para comemorar o
dia dos namorados não deve ser motivo para tanta frustração. Há coisas bem
piores, eu sei disso. E é nas pessoas que perderam de forma injusta os entes
que mais amaram que me espelho. Antes, minha gente, passar um dia dos namorados
sem uma criatura apaixonada me fazendo juras de amor a ter de chorar por um ser
especial e amado no Dia dos Finados ou saber que aqueles que mais amo nesta
vida jamais os poderia ver em qualquer dia que seja. Só em saber que as pessoas
que mais prezo estão felizes e com saúde, faz-me estar bem e enamorada pela
vida, não somente no dia de hoje, mas em todas as datas especiais que puder
sabê-las com vida.
O amor sempre
acontece na vida das pessoas mais cedo ou mais tarde, de acordo com o grau de
evolução de cada um. Mas para saber reconhecer o amor verdadeiro quando ele
aparece, antes é preciso saber-se vivo e merecedor. Não importa o dia. Não
importa a data.
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