Não sou filiada a
nenhum partido político e nem sou simpatizante de nenhum deles. Não sou
militante do que quer que seja, não carrego bandeiras, não faço panelaços,
buzinaços e nem depredo bens públicos para fazer valer o que acredito. Apenas
sigo meus princípios e sei do que não gosto. Em se tratando de política ou de
religião cada um pensa o que quiser e segue o que acredita ser verdadeiro, e
ninguém tem nada a ver com isso. Opiniões têm de ser respeitadas, mesmo que
sejam diferentes.
Eu acredito apenas em
pessoas e divido-as em boas ou más. Acredito em pessoas que podem fazer o bem
de forma límpida e honesta, mas também acredito que existam por aí verdadeiros
bandidos que se utilizam do poder para fazer o mal, mesmo que seja por ignorância.
Pessoas direitas e decentes eu defendo, não importa a cor, credo, partido, time
de futebol etc. Mas não me calarei perante o que acho ser indecente e amoral.
Nasci nos tempos da
Ditadura, mas não a vivi, não a sofri, não sei o que se passou, exceto pelo que
me ensinaram nas escolas. Só sei que gostava quando o presidente da República
visitava minha escola, gostava de cantar o Hino Nacional, gostava de marchar
nos desfiles, gostava das cadeiras de Moral e Cívica e OSPB. Todavia, respeito às
pessoas que viveram essa época por outro prisma e a condenam. Cada um sabe de
seus motivos para odiar ou gostar de certa época de suas vidas.
E eu não gosto desses
tempos que estamos vivendo. Não gosto dessa corrupção a olho nu, não gosto de
saber que dinheiro público está servindo para outros fins que não seja para
melhorar a saúde, a cultura e a segurança da população que trabalha e que paga
impostos. Não gosto das grades que cercam minhas portas e janelas; não gosto de
ter que me privar de certos prazeres por medo de sair às ruas, não gosto de
saber que têm pessoas que estão morrendo em filas de hospitais.
Alguém pode até me
dizer: "Mas em todas as épocas foi assim, isso sempre existiu".
Tudo bem, mas em
outras épocas eu tinha uma visão diferente, não sofria na carne, não tinha a
percepção que tenho hoje. E o que vejo hoje não me agrada. O HOJE é o que me importa,
não épocas passadas.
Mas, como toda pessoa
idealista, eu ainda acredito que possamos viver, um dia, num mundo mais justo,
mais livre, emocionante e belo. TODOS e não somente uma minoria.
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