domingo, 8 de maio de 2011

Terrorismo, um mal a ser eliminado.


Anos atrás, recebi por e-mail uma lenda tibetana, e desde então a tenho aplicado no meu dia a dia, de acordo com a natureza dos acontecimentos, mesmo que envolvam pessoas e relacionamentos. Vou transcrevê-la, pois servirá de base para outros pensamentos que desejo expressar antes que se percam nos compêndios da minha memória.
Certo dia, o guardião de um mosteiro morreu e era preciso substituí-lo. O Grande Mestre reuniu todos os discípulos e disse-lhes que um deles teria a honra de trabalhar ao seu lado como o novo Guardião do Templo, e que o escolhido seria aquele que resolvesse um problema dificílimo.

Terminado seu discurso, colocou uma mesinha no centro da sala. Sobre ela havia um caríssimo vaso de porcelana, com uma linda e exótica flor a enfeitá-lo, uma flor jamais vista e que exalava magnífico perfume.

-“Eis o problema. Eliminem-no!” – disse-lhes o Mestre.

Os discípulos olharam para o Mestre, estupefatos. Ninguém entendia como uma flor tão bela e indefesa podia ser um problema. Ficaram parados, contemplando os desenhos sofisticados do vaso e a pureza da bela flor.

Então, um dos discípulos levantou-se e caminhou resolutamente até a mesa. Sacando sua espada, decepou a flor de seu caule; depois, derrubou o vaso no chão, transformando-o em cacos.

- “Você é o novo Guardião do Templo” – disse-lhe o Mestre, e voltando-se aos demais discípulos, explicou:

-“Eu fui bem claro: disse que vocês estavam diante de um problema. E não importa quão belo e fascinante ele possa ser; se é um problema tem de ser eliminado, e a única maneira de fazer com que isso aconteça é sair da linha de conforto e da tentação e enfrentá-lo”.

É por ter essa lenda em minha mente que acredito que Barack Obama fez o que era certo ao autorizar o ataque à casa onde Bin Laden se encontrava. Não bastava proteger seu país do inimigo: era imperioso enfrentá-lo, eliminá-lo e acabar com o terror que ele inspirava. E não houve por parte dos americanos apenas o fascínio de entrar em conflito e guerrear. Havia um motivo e este não era irrisório: a morte de 2.996 pessoas, entre elas vários estrangeiros, naquele fatídico dia 11 de novembro de 2001, onde diversos ataques terroristas coordenados pela Al Qaeda investiram contra prédios americanos. Além disso, a intermitente promessa de outros ataques tornava impossível aos Estados Unidos ficar inerte. Era preciso reagir e buscar a paz. E esta só era possível através da guerra, uma vez que nem um milagre faria com que inimigos doentes e irracionais esquecessem seu ódio e agissem diplomaticamente.

Fico irritada ao ler tantas besteiras de pessoas que se prendem ao fato de Bin Laden estar desarmado no momento do ataque dos americanos. E aquelas pessoas que se encontravam nos prédios durante os ataques suicidas? E aquelas pessoas que se encontram prejudicadas até hoje em sua saúde por causa da poeira da destruição? E o temor implacável dia a dia, ano a ano, por causa das promessas de novos ataques? Às pessoas que ficaram com pena do terrorista pelo tratamento recebido dos Seals – os “rambos anônimos” dos Estados Unidos - deveria ser dado o direito de adotarem um terrorista. Estão com pena? Adotem um!

Em relação aos Seals, mesmo treinados para operações desse tipo, que requer perícia em armamentos e explosivos, fico imaginando o que se passava na cabeça deles no momento do ataque. Duvido que eles tenham ficado titubeantes, pesando o fato de Bin Laden estar desarmado ou entre familiares. Ele era o inimigo, tinha de ser eliminado, mas, ao contrário da forma generalizada e desumana que os terroristas costumam agir, atingindo até mesmo pessoas inocentes, o uso da força dos Seals é seletivo e sem efeitos colaterais, ou seja, as ações são seguras, inteligentes - pois recebem treinamento psicológico - e o terreno a ser bombardeado é delimitado para que não ocorram mortes desnecessárias. Talvez isso explique o fato dos EUA não terem simplesmente bombardeado todo o Paquistão. Neste caso, poder-se-ia dizer que os americanos adoram mostrar seu poderio militar. Todavia, o que eles mostraram foi que o uso da força militar aliada aos serviços de inteligência podem tudo contra o terrorismo globalizado.




A ameaça talvez não tenha sido de todo extinta. Terroristas prometem vingança pela morte de Osama Bin Laden. Mas o recado está dado: Os Estados Unidos podem tudo. Podem tudo, sim, pois contam com um líder que agirá como aquele discípulo da lenda que relatei acima e que, cada vez que o terror quiser se instalar,  tomará a decisão acertada em prol da sobrevivência do povo que o elegeu.




Esta é a diferença entre os EUA e o Brasil. Enquanto no Brasil o dinheiro público é usado pelos nossos governantes e legisladores em orgias de viagens, propinas, licitações superfaturadas etc, e a única decisão que conseguem tomar é a de desarmar o cidadão com a “Lei da Arrecadação de Armas Enferrujadas”, nos EUA o dinheiro é investido em treinamento militar e equipamentos de última geração, como miras eletrônicas de visão noturna e comunicação via satélite. E a principal diferença: enquanto aqui a impunidade é uma constante, lá eles costumam punir os criminosos com leis nada brandas: para o crime não há perdão.









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