Quem não se lembra dos discos de vinil e dos antigos toca-discos? A geração Y jamais deve ter visto um em ação. Lembro-me que era um terror quando um dos meus discos preferidos era arranhado. Era de chorar!
Todavia, o que era tocado naqueles equipamentos volumosos era de qualidade. Hoje em dia, é muita tecnologia para músicas medíocres, a não ser que se encontre em mp3 as músicas de outrora.
Hoje, como estou saudosista dos velhos tempos, onde tudo era de qualidade, até mesmo em se tratando de relacionamentos, postarei uma bela canção do Vinícius de Moraes, uma das minhas prediletas: Samba em Prelúdio.
As letras das canções daquela época não eram essa cacofonia de machucar os ouvidos que escutamos hoje. Eram poesias transformadas em músicas.
Se hoje a maioria dos autores se inspira em sexo e em mulheres que se abaixam até o chão (na boquinha da garrafa e onde mais puderem), em outros tempos eles costumavam compor quando se encontravam apaixonados.
Samba em Prelúdio – Vinícius de Moraes e Baden Powell.
Eu sem você não tenho por quê
Porque sem você não sei nem chorar
Sou chama sem luz
Jardim sem luar
Luar sem amor
Amor sem se dar
E eu sem você
Sou só desamor
Um barco sem mar
Um campo sem flor
Tristeza que vai
Tristeza que vem
Sem você, meu amor,
Eu não sou ninguém
Ah, que saudade
Que vontade de ver renascer
Nossa vida
Volta, querido
Os meus braços precisam dos teus
Teus abraços precisam dos meus
Estou tão sozinha
Tenho os olhos cansados de olhar
Para o além
Vem ver a vida
Sem você, meu amor,
Eu não sou ninguém.
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